Transito brasileiro

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Ao menos 31% dos brasileiros passam mais de uma hora por dia para se deslocar para o trabalho ou para escola, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (14) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Em 2011, primeiro ano da pesquisa sobre mobilidade urbana, 26% gastavam mais de uma hora – aumento de 19,25%. A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de setembro, com 2.002 pessoas em 142 municípios.

Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, 39% deles passam mais de um hora no trânsito, desses 4% gastam mais de três por dia. “Quanto maior o município de residência dos brasileiros, maior o tempo que eles gastam em seus deslocamentos rotineiros para trabalho ou estudo”, aponta CNI. Já nos municípios com até 20 mil habitantes, apenas 16% gastam mais de uma hora em seu deslocamento diário.

José Augusto Fernandes, diretor de Políticas e Estratégia da CNI, afirma que o trânsito afeta a produtividade do trabalhador e, consequentemente, a competitividade da indústria e do país. “O principal efeito é o atraso, tanto dos trabalhadores, quanto do fluxo de bens. Além disso, os trabalhadores chegam cansados, o que eleva o estresse e reduz a qualidade de vida. Tudo isso tem impacto na produtividade do trabalhador, afetando a produção da indústria.”

Os brasileiros cujo meio de locomoção mais utilizado é o ônibus público são os que passam mais tempo no trânsito. De acordo com a pesquisa, 22% levam mais do que duas horas, 28% levam entre uma e duas horas e 51% levam até uma hora em seus deslocamentos diários.

Em segundo lugar, aparece os brasileiros que usam ônibus/van fretados: 15% leva mais de duas horas, 27% entre uma e duas horas, e 257% até uma hora. Em seguida, 24% dos motoristas de carro passam mais de uma hora no trânsito, seguidos pelos motociclistas (18%), pelos que andam de bicicleta (19%) e os que preferem ir a pé (14%).

O principal meio de locomoção dos brasileiros ainda é o ônibus: cerca de 24% das pessoas o utilizam para se deslocar para o trabalho ou escola. Em segundo lugar na preferência é a pé (22%), carro da família (19%), motocicleta (10%), 9% ônibus/van (fretados) e 7% bicicleta.

A escolha do meio de transporte varia de acordo com a renda. Quase metade das pessoas com renda superior a cinco salários mínimos usa o carro próprio para se locomover. Já quem recebe menos de um salário mínimo, apenas 3% vão de carro para o trabalho ou escola.

Os principais problemas no transporte público apontados pelos entrevistados são: capilaridade e frequência (não chegar a todos os lugares ou possuir poucas linhas) com 26% da preferência, lentidão (24%), preço (10%) e o fato de serem desconfortáveis (8%).
Sobre a avaliação do transporte público, 36% dos brasileiros o consideram ruim ou péssimo, 32% regular e 24% ótimo ou bom. Em 2011, 39% das pessoas consideravam o transporte como ótimo ou bom -queda de 15 pontos percentuais.

A piora da avaliação do transporte público ocorreu principalmente no Sudeste: em 2011, 41% da população avaliavam o transporte público como ótimo ou bom. Em 2014, o valor reduziu para apenas 21% da população -queda de 20 pontos percentuais.

 

FONTE: 14/10/2015 – Diário do Litoral – Santos/SP